Para que serve um carro? Provavelmente, a maioria das pessoas responderia que ele serve para a locomoção, ou seja, facilitar o ir e vir. No entanto, podemos fazer outra pergunta: um carro a mais no centro da cidade de São Paulo em uma terça-feira ao meio dia faria que a mobilidade urbana melhorasse? Ao que tudo indica não.
Diante desses questionamentos, percebemos que o sistema capitalista precisa ser reformulado. Essa reformulação deve acontecer na escola e nesse sentido os Estados Nacionais não podem deixar de valorizar a autoridade do professor (dando condições de trabalho adequadas e remuneração suficiente para que o docente sinta estimulado para dedicar sua vida ao prazer de ensinar).
O empresariado trabalha na ótica do lucro para poucas pessoas. O aspecto social muitas vezes é entendido como prejuízo. A mentalidade do capitalismo é voltada para a produção e não para o ser humano.
Afinal de contas, o que o Ensino Médio tem a ver com isso? Tudo. Os professores brasileiros já perceberam que a classe empresarial está querendo moldar a educação para favorecer os lucros das grandes empresas. Nesse sentido os investidores buscam influenciar governos para que o alunado tenha apenas estímulo à competitividade, que é o contrário de solidariedade.
Sendo assim os alunos do Ensino Médio reparam dois cenários: de um lado os empresários bem sucedidos que buscam mão-de-obra qualificada para que os investidores tenham muito lucro e pouco ou nenhum trabalho. De outro lado temos professores mal remunerados fazendo discurso de solidariedade. Por mais potente que possa ser a autoridade do professor, muitas vezes o poder do Estado de escolher não remunerar bem os profissionais da educação, de não criar mecanismos adequados para preservar a saúde e segurança do trabalho e de não investir o suficiente em infra-estrutura nas escolas acaba por desqualificar o corpo docente e assim a sociedade mais humana fica mais difícil de surgir.
A saída para uma formação mais humana no Ensino Médio está em favorecer a autoridade do professor (o profissional de maior credibilidade no que se refere à prática de ensinar) e não deixar que o poder (provocador de medo) do dinheiro de poucos influencie o sistema educacional. Em outras palavras, Ensino Médio por base na autoridade do professor é sinônimo de pessoas para o coletivo. Ensino Médio por base no poder econômico é sinônimo de pessoas que pertencem a grupos egoístas.
O ensinamento do “para que serve” em muitas situações é mais importante que do “saber fabricar algo”. Estimular a sociedade a produzir e consumir algo que não é necessário provoca desperdício de recursos naturais e humanos. Talvez exista uma cidade que incentivar as pessoas andarem de bicicleta é mais útil, no que se refere à mobilidade urbana, do que o estímulo ao uso de automóvel. Os professores devem estimular nos alunos os possíveis interesses por trás de uma política pública e deixar claro que a produção deve servir as pessoas e não as pessoas servir a produção. Entendemos portanto, que o Ensino Médio sendo da solidariedade é a garantia de uma formação humana mais adequada para o coletivo.
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